E se poucas coisas ainda me surpreendem, este jantar foi uma delas, porque pudemos saborear uma fantástica açorda de alho feita de um modo totalmente diferente daquele que tenho comido à 40 anos.
Mas para começar e aguçar o apetite, enquanto a água fervia ao lume com umas lasquitas de bacalhau e os ovos escalfados, nada como uma fatia de pizza com bastante, bastante queijo.
Depois passou-se para os finalmentes, com o esmagar dos coentros, sal, alho e azeite «uma colher por cabeça», na tijela onde a água a ferver iria escaldar o azeite.
A água na tijeça, os talassos de pão, e as azeitonas da Beira Baixa, apanhadas em Novembro e temperadas com o azeite e alho. O cheiro é indescritivel... e só de olhar para tal delícia!
O bacalhau e os ovos escalfados aguardavam para ser servidos.
Uma verdadeira mesa alentejana (excepto as azeitonas) porque até o vinho é (ou melhor, era), de Pias.
E depois veio a sobremesa, a torta florida recheada simplesmente com mel e canela e acompanhada de um vinho reserva Quinta do Carmo... uma delícia numa noite em que se falou quase mais do que se comeu.