É verdade, há já algum tempo que não colocávamos aqui os nossos devaneios gastronómicos, mas claro, o tempo, o malfadado tempo...
Mas a passada semana lá nos juntámos no Barreiro e embora a inspiração andasse por baixo e o tempo fosse escasso, mesmo assim cozinhámos um verdadeiro pitéu. De tal ordem que mereceu mesmo saborear um famoso charuto (ainda por cima oferecido) depois da janta. Faltou mesmo um copinho de um bom brandy, mas não se pode ter tudo e a tal garrifinha (baratinha, que os tempos não estão para luxos) já foi providenciada.
Mas vamos ao menu da noite:
Para entrada, um queijo camambert cozinhado na sua própria caixa. Muito simples e delicioso, basta tirar o papel que envolve o queijo e colocá-lo dentro da caixa de madeira, levando depois ao forno. Sei que há outras receitas que envolvem alho e vinho tinto, mas a paciência e a fome pediam rapidez.
Depois, uma singela pizza transformada com ananás, queijo, bacon e outros condimentos, de modo que nem quem a fez, embalou e congelou, a reconheceria.
E como estamos em tempo delas, as coisinhas amarelas que ali se vêem no tabuleiro são batatas doces cortadas em quartos. Deliciosas acompanhadas com o bom vinho tinto!
Por fim, a rematar e antes do charuto, um prato com deliciosos crepes pré-congelados do Lidl, uns com mel, outros com batata-doce, outros com canela.
Um banquete de comida pré-cozinhada mas com um toque muito especial. E claro, não sobrou nadinha!!
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Batatinhas....
Primeiro que tudo, as nossas desculpas pelo atraso, mas é que as férias e o regresso ao trabalho e um computador moribundo fizeram com que o blogue ficasse um pouco para trás.
Mas cá voltámos, numa noite de muito calor deste Outono meio tresloucado com que andamos, e embora tenha sido uma refeição muito simples, não quisemos deixar de a partilhar.
Umas simples batatas assadas com muita cebola, alho e oregãos, regadas com azeite, e umas espetadas de compra. O ingrediente especial? Ou melhor, a falta deste? Esquecemo-nos de colocar o sal!
Mas aqui não fez falta mesmo nenhuma.
A acompanhar um chá de erva-cidreira, porque o calor era demasiado para um tinto "à temperatura ambiente".
Mas cá voltámos, numa noite de muito calor deste Outono meio tresloucado com que andamos, e embora tenha sido uma refeição muito simples, não quisemos deixar de a partilhar.
Umas simples batatas assadas com muita cebola, alho e oregãos, regadas com azeite, e umas espetadas de compra. O ingrediente especial? Ou melhor, a falta deste? Esquecemo-nos de colocar o sal!
Mas aqui não fez falta mesmo nenhuma.
A acompanhar um chá de erva-cidreira, porque o calor era demasiado para um tinto "à temperatura ambiente".
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Tempo de férias: Mãos à obra
Olá, o meu nome é Ali e sou uma jovem cozinheira de 19 anos. O meu amor pela cozinha começou desde muito nova, paixão esta que partilho com os dois na cozinha. Sempre vi a minha mãe a preparar grandes pratos e decidi experimentar, comecei por sobremesas mais simples até pratos mais elaborados.
Num dia sem nada para fazer uma ideia luminosa apareceu como por magia na minha cabeça: - E se fizessemos um jantar especial para os pais?!- disse eu aos meus dois irmãos mais novos. Eles ficaram muito entusiasmados e metemos mãos à obra. Decidimos então fazer cação no forno com legumes regados com molho branco.
Ingredientes:
Cação no forno
4 Postas de cação
2 Cebolas (não muito grandes)
Azeite q.b.
Vinho branco q.b.
Água q.b.
Pimenta q.b.
1 Folha de louro
Coentros q.b.
sal q.b.
Molho branco
250 ml de leite meio gordo
Pimenta q.b.
Noz-moscada q.b.
Farinha branca q.b.
Sal q.b.
Modo de preparação:
Cação no forno:
Cortam-se as cebolas às rodelas e cobre-se o fundo de um recipiente próprio para ir ao forno, depois coloca-se as postas de cação em cima da cebola (como se a cebola fosse a 'cama' do cação). De seguida rega-se o cação com um bocadinho de vinho branco, azeite e água. Adiciona-se pimenta a gosto, o sal, a folha de louro e os coentros por cima das postas para dar gosto. Depois de estar tudo junto no recipiente, levar ao forno durante 30 minutos. Ao fim desse tempo vira-se o peixe para que possa ficar lourinho no lado que estava virado para baixo.
Legumes:
Os legumes são da preferência de quem estiver a fazer o prato, no meu caso utilizei cenouras, batatas e ervilhas para dar alguma cor. Os legumes são cozidos em água com sal, azeite e uma folha de louro para ganharem algum gosto, outra opção para a cozedura dos legumes em vez do louro são os coentros, dão um sabor ligeiramente mais forte mas muito bom.
Molho Branco:
Numa caçarola coloca-se o leite, o sal, a pimenta, a noz-moscada e a farinha. Aconselho a não colocar muita farinha logo de inicio porque pode ficar com um molho espesso demais para o pretendido. Adicione a farinha há medida que o molho for fervendo e ganhando espessura, quando estiver do seu agrado está pronto. Se por acaso o molho ficar espesso demais, adicione-lhe leite e leve a levantar fervura durante um bocadinho para que o mesmo fique homogéneo.
E depois deste trabalho todo nada melhor do que uma óptima companhia para o jantar e um bom vinho!
Espero que gostem
ALI
Num dia sem nada para fazer uma ideia luminosa apareceu como por magia na minha cabeça: - E se fizessemos um jantar especial para os pais?!- disse eu aos meus dois irmãos mais novos. Eles ficaram muito entusiasmados e metemos mãos à obra. Decidimos então fazer cação no forno com legumes regados com molho branco.
Ingredientes:
Cação no forno
4 Postas de cação
2 Cebolas (não muito grandes)
Azeite q.b.
Vinho branco q.b.
Água q.b.
Pimenta q.b.
1 Folha de louro
Coentros q.b.
sal q.b.
Molho branco
250 ml de leite meio gordo
Pimenta q.b.
Noz-moscada q.b.
Farinha branca q.b.
Sal q.b.
Modo de preparação:
Cação no forno:
Cortam-se as cebolas às rodelas e cobre-se o fundo de um recipiente próprio para ir ao forno, depois coloca-se as postas de cação em cima da cebola (como se a cebola fosse a 'cama' do cação). De seguida rega-se o cação com um bocadinho de vinho branco, azeite e água. Adiciona-se pimenta a gosto, o sal, a folha de louro e os coentros por cima das postas para dar gosto. Depois de estar tudo junto no recipiente, levar ao forno durante 30 minutos. Ao fim desse tempo vira-se o peixe para que possa ficar lourinho no lado que estava virado para baixo.
Legumes:
Os legumes são da preferência de quem estiver a fazer o prato, no meu caso utilizei cenouras, batatas e ervilhas para dar alguma cor. Os legumes são cozidos em água com sal, azeite e uma folha de louro para ganharem algum gosto, outra opção para a cozedura dos legumes em vez do louro são os coentros, dão um sabor ligeiramente mais forte mas muito bom.
Molho Branco:
Numa caçarola coloca-se o leite, o sal, a pimenta, a noz-moscada e a farinha. Aconselho a não colocar muita farinha logo de inicio porque pode ficar com um molho espesso demais para o pretendido. Adicione a farinha há medida que o molho for fervendo e ganhando espessura, quando estiver do seu agrado está pronto. Se por acaso o molho ficar espesso demais, adicione-lhe leite e leve a levantar fervura durante um bocadinho para que o mesmo fique homogéneo.
Proposta de apresentação:
E depois deste trabalho todo nada melhor do que uma óptima companhia para o jantar e um bom vinho!
Espero que gostem
ALI
sábado, 20 de agosto de 2011
Pratos de assinatura - Kika
Tomámos uma decisão deveras importante, ou seja, apresentarmo-nos a todos os que têm vindo a este blog, através de um prato simples que nos define - um signature dish.
Por isso vamos começar com uma sobremesa muito especial para mim. Foi uma tia que me deu a receita há algumas décadas (credo, dói dizer isto). Esta tia, minha homónima, sabia também fazer uns pastéis de nata de estalo. Não consigo encontrar essa receita e ela infelizmente já faleceu.
Hoje, nesta tarde de sábado de trovoada e calor, escolhi então mostrar a tarte de amêndoa, com uma massa fantástica que se estende apenas com os dedos. Se calhar por causa da trovoada, hoje as fotos saíram um bocado tremidas...
Numa tijela, e como estas coisas da pastelaria têm de ser muito minuciosas, juntar 100 gr de açúcar com um ovo, bater bem, juntar 2 colheres de sopa de margarina, 3 colheres de sopa de leite, e 100 gr de farinha com uma colher de chá de fermento. Como em casa não tinha margarina, usei azeite para tudo. A tarte ficou boa, um pouco mais húmida...
A massa fica assim, um pouco mole, mas essa é a maravilha desta tarte, porque não tem de se estender com rolo, basta estende-la em forma untada de tarte. E como hoje foi mesmo um dia estranho nesta cozinha (livros a cair, coisas a despencar dos armários, enfim, tudo muito eléctrico), para não destoar, até a forma que eu tinha destinada para a tarte estava com ferrugem, teve de ir para o lixo e usei então um tabuleirinho.
Estendida a massa, vai ao forno, e quando estiver um pouco crescidinha e mais cozida, tira-se e com um garfo amachuca-se. Isto vai tornar a massa mais densa e mais saborosa, mistérios da cozinha. No lume, vai-se preparando o recheio, mas não muito cedo, senão o açúcar solidifica.
Recheio: 100 gr açúcar, 3 colheres de sopa de manteiga, 2 colheres de manteiga de margarina, leve ao lume e quando começar a borbular, deitar 100 gr de amêndoa às lascas ou às tiras. (Já uma vez fiz para uma amiga doida por amêndoas e pu-las inteiras, mas para isso precisa de dobrar a dose).
Depois é só estender sobre a massa e levar ao forno até as amêndoas ficarem douradas. E bom proveito! Hoje acompanhámos umas fatias com o tal chá especial de Jasmim, mas também é óptimo com um bom café, porque é bastante doce.
Por isso vamos começar com uma sobremesa muito especial para mim. Foi uma tia que me deu a receita há algumas décadas (credo, dói dizer isto). Esta tia, minha homónima, sabia também fazer uns pastéis de nata de estalo. Não consigo encontrar essa receita e ela infelizmente já faleceu.
Hoje, nesta tarde de sábado de trovoada e calor, escolhi então mostrar a tarte de amêndoa, com uma massa fantástica que se estende apenas com os dedos. Se calhar por causa da trovoada, hoje as fotos saíram um bocado tremidas...
Numa tijela, e como estas coisas da pastelaria têm de ser muito minuciosas, juntar 100 gr de açúcar com um ovo, bater bem, juntar 2 colheres de sopa de margarina, 3 colheres de sopa de leite, e 100 gr de farinha com uma colher de chá de fermento. Como em casa não tinha margarina, usei azeite para tudo. A tarte ficou boa, um pouco mais húmida...
A massa fica assim, um pouco mole, mas essa é a maravilha desta tarte, porque não tem de se estender com rolo, basta estende-la em forma untada de tarte. E como hoje foi mesmo um dia estranho nesta cozinha (livros a cair, coisas a despencar dos armários, enfim, tudo muito eléctrico), para não destoar, até a forma que eu tinha destinada para a tarte estava com ferrugem, teve de ir para o lixo e usei então um tabuleirinho.
Estendida a massa, vai ao forno, e quando estiver um pouco crescidinha e mais cozida, tira-se e com um garfo amachuca-se. Isto vai tornar a massa mais densa e mais saborosa, mistérios da cozinha. No lume, vai-se preparando o recheio, mas não muito cedo, senão o açúcar solidifica.
Recheio: 100 gr açúcar, 3 colheres de sopa de manteiga, 2 colheres de manteiga de margarina, leve ao lume e quando começar a borbular, deitar 100 gr de amêndoa às lascas ou às tiras. (Já uma vez fiz para uma amiga doida por amêndoas e pu-las inteiras, mas para isso precisa de dobrar a dose).
Depois é só estender sobre a massa e levar ao forno até as amêndoas ficarem douradas. E bom proveito! Hoje acompanhámos umas fatias com o tal chá especial de Jasmim, mas também é óptimo com um bom café, porque é bastante doce.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Receita de dieta para uma noite de calor
Depois de algum tempo arredados dos fogões, pelo menos nesta aventura culinária, eis que os Dois voltaram ao Barreiro para mais uma noite de comezaina.
Ao lume ia-se cozinhando o arroz de cenoura (que melhor ingrediente para a tal indisposição?).
A ideia original era uma salada de queijo feta e melancia, ceviche e guacamole, mesmo, mesmo a lembrar paragens ainda mais quentes, mas mais exóticas, que este cantinho português, mas o calor e uma leve indisposição dos Dois, (claro, a idade já vai pesando também no estômago), preferimos optar por uma refeição levezinha de peixe.
Por isso, o eleito foi a tintureira. Claro que depois da opção de “cozinhamento” verificámos que este era o peixe perfeito para fazer umas tradicionais e deliciosas «Sopas de Cação», mas terá de ficar para a próxima.
A escolha de ingredientes era vasta, mas mais uma vez a indisposição levou a melhor. E até nas entradas, que costumam ser mais abundantes que o próprio prato principal, desta feita ficaram por uma bruscheta italiana, aproveitando a salada já preparada.
A receita? Uma fatia de pão torrada, um dente de alho esfregado sobre ela, umas gotas de azeite, a salada e voilá, o antipasto perfeito.
Ao lume ia-se cozinhando o arroz de cenoura (que melhor ingrediente para a tal indisposição?).
A seguir, numa frigideira larga, cebola, alho, um pouco de manteiga de alho, azeite e louro, frigiram-se levemente as postas de tintureira. Mas como não somos alheios a alguns erros, aquilo que parecia uma ideia originalíssima e que faria toda a diferença, acabou por não resultar. É que uísque com tintureira não resulta. Pelo menos quando é assim cozinhada. Mesmo sendo JB.
Acabou por dar um gosto algo amargo ao peixe e ao molho, mas o petisco estava pronto e houve que tirar o melhor partido.
Quanto à prometida sobremesa, bem, ainda não foi desta. Estreou-se um bule, com chá de jasmim comprado há alguns anos à Ley, uma das pessoas da comunidade chinesa há mais tempo em Portugal, proprietária do restaurante Don Fen, no Correr d’Água, que com a sua simpatia enorme, nos ensinou durante vários anos muita coisa sobre a cultura chinesa.
Ergamos a nossa taça de chá de jasmim a Ley, que assim nos permitiu acabar em beleza (e com muito juizinho) uma boa refeição, que aqui partilhamos.
Chi Chau Ley!
quarta-feira, 20 de julho de 2011
A estreia da panela de fondue
Ora aqui está um instrumento que quase, se não todos, teremos em casa.
Prenda de aniversário, de casamento ou de Natal de uma tia, a tal panelinha de fondue faz parte do enxoval de qualquer casa. Maior ou menor, ela lá está dentro da caixa original bem escondida na dispensa.
Por isso, «Os Dois Na Cozinha» perderam o medo e arriscaram. E fizeram também desta a sua estreia aqui na blogosfera.
Munidos de queijo ralado, vinho, alhos e alguma paciência, (bem como uma revista de receitas da Vaqueiro, passe a publicidade), lá fomos fazer o famoso fondue de queijo.
Como entradas, e para não destoar, um queijo-creme do ALDI, temperado com pimenta preta moída e sal, com torradas.
O vinho escolhido para o fondue foi o «Terras do Sado», apreciado só por um dos convivas, porque o outro estava a antibióticos, ai, ai.Foi depois altura para montar o "equipamento", seguindo as instruções, porque afinal isto era uma estreia.
Logo que o vinho ferveu, altura para colocar os queijos mozzarella e um outro, escolhidos porque já vinha ralados na embalagem e isto há que poupar tempo e energias.
Outro preferido nas nossas mesas é a pimenta em grão moída na altura, que aqui caiu mesmo bem.
Mas assim que o queijo derreteu, compreendemos que o mozarella não é o indicado para estas coisas. Ficará muito bem na pizza, mas aqui os fios que cria atrapalham em muito as manobras.
Depois de pronto, foi altura de passar a mistura para a panela cerâmica. Mas também aprendemos que o instrumento que será de aquecimento da panela tem de ter um combustível próprio, porque uma simples velinha não dá o aquecimento necessário.
E claro, ter o pão pronto, torradinho. E também uns brócolos cozidos rapidamente, para desenjoar.
Já agora, o pão amarelo é uma bica de azeite de Castelo Branco.
Na hora da sobremesa, já não havia estômago para o previsto fondue de chocolate... e por isso ficámo-nos por umas maçãs de Montargil, um cafezinho e um palito de la reine.
Fica para a próxima o fondue de chocolate, está prometido!
Subscrever:
Mensagens (Atom)